Acredito que uma das idéias mais difundidas na população é a de que "criança pode tudo", pelo menos em termos de alimentação. Claro, o metabolismo daqueles pequenos humanos é de fato muito mais acelerado e eficiente do que o de uma pessoa adulta. Mas, isso pode levar à uma falsa idéia de saúde.
Por ter um funcionamento do corpo diferente do de adultos, a criança pode realmente ter um padrão alimentar ruim, comer besteiras e junk food com mais frequência, e isso não representar em alteração de peso ou maior incidência de doenças, como infecções e resfriados recorrentes. É comum ouvir de pais que "se está crescendo como deveria então não tem problema, coma o que quiser". Não é por que isso acontece que ela deveria continuar esse padrão alimentar ou que isso não traga consequências!
Poucas pessoas tem dimensão da importância da alimentação na infância e adolescência. Além de moldar os hábitos alimentares para o resto da vida, sabe-se que a alimentação na infância está relacionada com a maior, ou menor, incidência de doenças na fase adulta. As doenças frequentes ultimamente (não uso o termo comum nunca, pois para mim nenhuma doença é uma coisa banal, do dia-a-dia) são doenças crônicas. E elas têm justamente este nome porque começam a ser formadas e desenvolvidas anos antes dos primeiros sintomas clínicos aparecerem.
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